foto cedida por Zé Russo (em memoria) |
A FÁBRICA DE REALENGO
Luiz Orlando - foto Luiz Fortes |
foto Luiz Fortes |
A Fabrica de Realengo tinha a tarefa de fabricar munição de
infantaria, para todo o Exército Brasileiro, a chamada munição para o armamento leve, (fuzil, metralhadora, etc.)
Iniciou suas atividades com sede em Campinho, Cascadura, e
mais tarde foi transferida para Realengo. Depois de estabelecida em nosso
bairro, ocupou algumas das instalações da Antiga Escola Militar de Realengo, que haviam ficado desocupadas em virtude da transferência da Escola Militar
para Resende quando se transformou na Academia Militar das Agulhas Negras.
Iniciou com o nome de Fábrica de Cartuchos de Infantaria para mais tarde se tornar Fábrica de Realengo. Com um grande número de funcionários de ambos os sexos e de várias categorias, ocupava quatro grandes áreas onde realizava suas atividades. As áreas eram assim denominadas.
foto Luiz Fortes |
Área 1, na Rua Bernardo de Vasconcelos,
destinava-se mais a parte administrativa, com o gabinete do Diretor, dos chefes
dos Departamentos Técnico e Administrativo, as chefias de vários Serviços e
também Tesouraria, Almoxarifado, posto Médico etc. nesta área estavam
instaladas as antigas oficinas de munição .30 e 7mm, que depois da segunda grande guerra mundial
os armamentos que susavam esse tipo de munição foram caindo em desuso. Havia,
também, um Armazém Reembolsável e uma padaria que funcionavam nessa área para
atendimento aos funcionários.
Luiz Orlando - foto Luiz Fortes |
Área 3, na Rua Oliveira Braga (atual prof. Carlos Wenceslau) era destinada diretamente à produção industrial da fábrica. Várias oficinas formavam essa grande área. As duas maiores e de Grande importância eram as que fabricavam munições dos calibres 7,62 e o .
foto Luiz Fortes |
foto Luiz Fortes |
Área 4, na rua Princesa Imperial. Esta um pouco afastada,
se localizava no outro lado da linha férrea da estação de Realengo (lado norte),
continha vários Paióis e se destinava ao armazenamento de munições e
explosivos.
Pela década
de oitenta, foi criada a IMBEL, (Indústria de Material Bélico) uma empresa
particular, da qual o Exército era um dos acionistas e fiscalizava a produção
do quere era fabricado. Todas as fábricas militares passam a pertencer a IMBEL.
Depois de vários estudos, as comissões criadas para esse fim verificaram que
não era vantajosa a continuação das atividades em algumas Fábricas sendo
incluída nesse grupo a fábrica de Realengo. Em consequência a F.R. foi
desativada. Os seus funcionários, militares e civis, foram transferidos para
outras Organizações Militares do Exército e as áreas com os imóveis tiveram
vários destinos. Podemos dizer que a desativação da F.R. deixou muitas saudades
aos seus antigos funcionários e também a todo o povo de Realengo que a tinha
com muito orgulho e era uma grande tradição no nosso bairro.
Fonte dessa
consulta: Capitão R1 Luiz Orlando de Almeida
Histórico: Em 1951, com 14 anos entrou na Escola de aprendizagem Industrial, em 1953, concluiu o curso de Mecânica Industrial da EsAI, em 1954 iniciou suas atividades como funcionários civil da F.R., em 1957, após concurso foi promovido à graduação de #º Sargento do Quadro de Material Bélico, em 1982, já como oficial, e com a desativação da F.R. foi transferido para outra Unidade Militar.
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