Um livro que resgata uma atividade cultural.
AS PASTORINHAS DE REALENGO
autora : Ermelinda Azevedo Paz
FUNARTE / Concurso Silvio Romero 1983
MENÇÃO HONROSA / UFRJ / PROED - Rio de Janeiro 1987
INTRODUÇÃO
O nosso interesse neste grupo de Pastorinhas residiu no fato de havermos morado durante vinte anos em Realengo e termos tido a oportunidade de assistir a seus ensaios e presentações, quando da sua última geração, fazendo parte daquela comunidade e tendo ali, durante estes anos, toda nossa vida social. Conhecíamos todos os integrantes da terceira e última geração. Eram amigas de escola, brincadeiras, jogos, sendo todas da vizinhança.
Quando nos mudamos de Realengo, as Pastorinhas já haviam parado há cerca de dois anos e não sabíamos o quão importante eram, não tínhamos conhecimento de que aquilo que víamos e fazíamos sempre no período de Natal era um folguedo folclórico, um auto natalino, cuja preservação era da maior importância. Com nossas colegas ocorria o mesmo, as Pastorinhas eram uma diversão local. Desconheciam o que vinha a significar folclore, raízes, cultura popular, etc.
Só depois de quatro anos longe de lá tomamos conhecimento do que significavam as Pastorinhas, do ponto de vista social e cultural.
Começamos a pensar em toda aquela realeza nos seus mínimos detalhes e concluímos que aquilo não poderia ficar no desconhecimento, não poderia morrer com sua extinção, sem que ninguém, fora os de lá, soubesse que existiu. Era rico demais, muito importante para ficar apenas na recordação de cada um que ali assistiu ou representou. E foi vislumbrando a possibilidade de, através deste trabalho, ver despertado o interesse para o grupo, embora extinto, de autoridades, Departamentos ou Secretaria de Cultura, que nos pusemos de volta ao passado.
Sentimo-nos na obrigação de fazer alguma coisa, já que éramos os únicos a poder fazê-lo e, então, chamamos a nós o dever de reconstruir tudo a que assistimos.
Procuramos todas as pessoas, as amigas, Dona Guidinha, gravamos todas as músicas, copiamos todos os textos, fizemos e gravamos várias entrevistas e voltamos muito a Realengo para esclarecer fatos pois, à medida que o trabalho ia crescendo, novas idéias iam brotando e constatamos que não poderíamos somente falar das Pastorinhas. Seria necessário também falar do lugar, das pessoas, para que quem nunca assistiu ou soube de sua existência pudesse ter o máximo de dados, visando a possibilidade de construir uma imagem mental à altura do que era feito.
Nosso objetivo em parte foi cumprido, está aqui nas páginas que se seguem. Fica faltando agora o troco que as pessoas de lá bem merecem. Que sejam ajudadas a remontar e a levar ao conhecimento de muitos a preciosidade que até o momento foi privilégio de poucos.
O nosso interesse neste grupo de Pastorinhas residiu no fato de havermos morado durante vinte anos em Realengo e termos tido a oportunidade de assistir a seus ensaios e presentações, quando da sua última geração, fazendo parte daquela comunidade e tendo ali, durante estes anos, toda nossa vida social. Conhecíamos todos os integrantes da terceira e última geração. Eram amigas de escola, brincadeiras, jogos, sendo todas da vizinhança.
Quando nos mudamos de Realengo, as Pastorinhas já haviam parado há cerca de dois anos e não sabíamos o quão importante eram, não tínhamos conhecimento de que aquilo que víamos e fazíamos sempre no período de Natal era um folguedo folclórico, um auto natalino, cuja preservação era da maior importância. Com nossas colegas ocorria o mesmo, as Pastorinhas eram uma diversão local. Desconheciam o que vinha a significar folclore, raízes, cultura popular, etc.
Só depois de quatro anos longe de lá tomamos conhecimento do que significavam as Pastorinhas, do ponto de vista social e cultural.
Começamos a pensar em toda aquela realeza nos seus mínimos detalhes e concluímos que aquilo não poderia ficar no desconhecimento, não poderia morrer com sua extinção, sem que ninguém, fora os de lá, soubesse que existiu. Era rico demais, muito importante para ficar apenas na recordação de cada um que ali assistiu ou representou. E foi vislumbrando a possibilidade de, através deste trabalho, ver despertado o interesse para o grupo, embora extinto, de autoridades, Departamentos ou Secretaria de Cultura, que nos pusemos de volta ao passado.
Sentimo-nos na obrigação de fazer alguma coisa, já que éramos os únicos a poder fazê-lo e, então, chamamos a nós o dever de reconstruir tudo a que assistimos.
Procuramos todas as pessoas, as amigas, Dona Guidinha, gravamos todas as músicas, copiamos todos os textos, fizemos e gravamos várias entrevistas e voltamos muito a Realengo para esclarecer fatos pois, à medida que o trabalho ia crescendo, novas idéias iam brotando e constatamos que não poderíamos somente falar das Pastorinhas. Seria necessário também falar do lugar, das pessoas, para que quem nunca assistiu ou soube de sua existência pudesse ter o máximo de dados, visando a possibilidade de construir uma imagem mental à altura do que era feito.
Nosso objetivo em parte foi cumprido, está aqui nas páginas que se seguem. Fica faltando agora o troco que as pessoas de lá bem merecem. Que sejam ajudadas a remontar e a levar ao conhecimento de muitos a preciosidade que até o momento foi privilégio de poucos.
obs: livro disponivél para download em arquivo PDF neste link.
http://usuarios.uninet.com.br/~ermepaz/livros/pastorinhas.pdf
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