Na década de 1960 por ocasião das comemorações do
Cinquentenário da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Realengo, foi feita
uma homenagem a algumas personalidades e instituições benfeitoras da mesma e para
perpetuar em agradecimento as suas contribuições, tiveram seus nomes talhados
nas pedras laterais que sustentam a frente da Paróquia. segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Benfeitores são eternizados nas pedras da igreja.
Na década de 1960 por ocasião das comemorações do
Cinquentenário da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Realengo, foi feita
uma homenagem a algumas personalidades e instituições benfeitoras da mesma e para
perpetuar em agradecimento as suas contribuições, tiveram seus nomes talhados
nas pedras laterais que sustentam a frente da Paróquia. terça-feira, 4 de junho de 2013
Villa-Lobos quem diria, já deu aula em Realengo.
Hoje falaremos de outra historia que minha mãe me contava
quando ainda era criança: Heitor Villa-Lobos deu aula de musica em Realengo.
Pro Realengo: Essas
aulas foram realizadas em diversas escolas de nossa região na década de 40, com
a intenção de formar um grande coral para se apresentar no Campo do Vasco da
Gama e também em Laranjeiras o do Fluminense. Mapas reproduzidos neste estudo
feito pela Prof.ª. Ermelinda comprovam com detalhes que as escolas municipais
de todo o Rio de Janeiro, participaram destes corais. E Realengo contribuiu com 410 crianças da Escola Nicarágua e Rosa da Fonseca (Vila Militar) cedeu 200 alunos, Getúlio Vargas (Bangu) com 260 alunos, entre outras.Tudo muito bem organizado com ônibus com local e hora marcados e lanche para todos.
Sobre a apresentação.
D. Mindinha (esposa de Villa), em depoimento gravado no Museu
da Imagem e do Som, informa: Villa-Lobos , quando organizava estas demonstrações,
era um verdadeiro engenheiro. Ia para o campo e media tudo e organizava tudo,
como se fosse um mapa. Regia de paletó e pijama russo, para chamar a atenção. A
infraestrutura do SEMA era completa.
"A finalidade de Villa-Lobos era interessar o governo em
prestigiar a educação musical nas escolas. Ele se preocupava com a educação do
povo. Não queria formar músico e sim público." É a informação de D.
Mindinha Villa-Lobos, em depoimento prestado no MIS.
O gigantismo era a tônica dessas demonstrações orfeônicas. D.
Mindinha declarou, também, em seu depoimento gravado no MIS (Museu da Imagem de do Som), que algumas
chegaram a reunir 42 mil crianças.Depoimento do professor e escritor Guilherme Figueiredo. (irmão do ex-presidente do Brasil João Batista Figueiredo)
Sobre a autora: ERMELINDA AZEVEDO PAZ ZANINI. Professora
Titular de Percepção Musical da UFRJ e Professora Adjunto IV de Percepção
Musical da Uni-Rio. Livre-Docente em Percepção Musical pela Uni-Rio. Membro
Titular da Academia Nacional de Música. Ocupou por concurso a vaga de Professor
de Educação Artística - Música - do Município do Rio de Janeiro, sendo lotada
na Escola Guatemala, primeiro Centro Experimental do INEP no Rio de Janeiro.
Professora convidada de Percepção Musical em Encontros, Congressos, Seminários
e Cursos de Férias. Realizou diversos cursos de pós-graduação na Uni-Rio, na
UFRJ e na Universidade Nacional de Rosário (Argentina), como bolsista da OEA,
MBA em Planejamento e Gestão Estratégica pela Fundação Getúlio Vargas em 2005 e
Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra em
2005. terça-feira, 8 de maio de 2012
Lilico criador do bordão: Alô, Alô Realengo: Aquele abraço!
"Tempo bom não volta mais..."
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| Olívio Henrique Fortes |
por Luiz Fortes
Nascido Olívio Henrique Fortes, Lilico foi um garoto pobre que vendia balas nos programas de auditório da Rádio Nacional e tornou-se humorista por acaso. Um dia no final dos anos 50, como não havia calouros suficientes para o programa “Trem da Alegria”, apresentado por Lamartine Babo, Lilico se candidatou e improvisou cantando um samba de Jorge Veiga. Foi um sucesso e começou aí sua carreira. Depois de várias participações em programas de rádio, ele foi convidado pelo criador do Teatro de Bolso, Geisa Bôscoli, para estrelar uma comédia teatral. O prêmio: um refrigerante e uma cocada.
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| O homen do Bumbo "A praça é nossa". |
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| Programa Balança Mais não Cai. |
O Lilico.
Conhecido como "O homem do bumbo", transformou seus bordões em
sucesso nacional. “São dele as
expressões ,“Alô, Alô, Realengo! Aquele abraço” , “Tempo bom não volta mais” e
“É bonito isso!”. Suas gags
renderam-lhe muito mais do que a fama como comediante. Nos anos 70, durante a
ditadura militar, foi convocado a prestar esclarecimentos na Polícia Federal
por causa da frase "Tempo bom não volta mais" — pensava-se que
talvez fosse uma referência ao período democrático pré-1964. Mais tarde, brigou
Justiça os direitos autorais sobre a expressão "Aquele abraço",
título de uma música de Gilberto Gil. Em quarenta anos de carreira, Lilico passou
pela TV Excelsior, Globo e SBT. (até pouco tempo antes de sua morte no programa
“A praça é Nossa”. pesquisa de: Luiz Fortes (criador e administrador do Blog Pró-Realengo)
"Aqui a explicação do próprio Compositor Gilberto Gil. Publicada em seu site".
“Meses depois de solto, eu vim ao Rio tratar da questão da saída do Brasil com o Exército. Na manhã do dia da minha volta para Salvador, fui visitar Mariah Costa, mãe de Gal; ali, na casa dela, eu ideei e comecei Aquele Abraço. Finalmente eu ia poder ir embora do país e tinha que dizer ‘bye bye’; sumarizar o episódio todo que estava vivendo, e o que ele representava, numa catarse. Que outra coisa para um compositor fazer uma catarse senão numa canção?
“No avião mesmo eu terminei a música, escrevendo a letra num papel qualquer, um guardanapo, e mentalizando a melodia. Tanto que é uma melodia muito simples, quase de blues; como eu não dispunha de instrumento, tive que recorrer a uma estrutura fácil para guardar na memória. Quando cheguei à Bahia, eu só peguei o violão e toquei; já estava comprometido afetivamente com a canção.”
“Aquele abraço, Gil!” – “Era assim que os soldados me saudavam no quartel, com a expressão usada no programa do Lilico, humorista em voga na época, que tinha esse bordão. Ele até ficou aborrecido com a música; achou que deveria ter direito à canção. Mas eu aprendi a saudação com os soldados. Eu não tinha televisão na prisão, evidentemente, mas eles assistiam o programa; eu só vim a ver depois, quando saí.”
Retificação ratificada – Não foi no quartel de Realengo que Gil e Caetano ficaram presos, e sim no de Marechal Deodoro. “De todo modo”, diz Gil, “a idéia em Aquele Abraço era citar um local qualquer da zona norte do Rio (onde ficamos), um daqueles beira-estrada-de-ferro (Beira Central, Beira Leopoldina), e Realengo é um deles. Uma associação inexata, feita por aproximação; eu nem queria me referir ao lugar certo onde havia ficado preso.”
Uma canção de quarta-feira de cinzas – “O reencontrar a cidade do Rio na manhã em que nós saímos da prisão e revimos a avenida Getulio Vargas ainda com a decoração de carnaval foi o pano de fundo da canção. Na minha cabeça, Aquele Abraço se passa numa quarta-feira de cinzas; é quando o ‘filme’ da música é em mim mentalmente locado.”
The three tops – “Aquele Abraço é uma das músicas minhas mais populares, a mais tocada e o segundo mais vendido dos meus discos (compactos). Uma das três gravações minhas que ficaram em primeiro lugar nas paradas de sucesso durante maior tempo (dois meses; eu já estava na Europa). As outras são Xodó (três meses, em 73), da autoria do Dominguinhos e Anastácia, e Não Chore Mais (cinco, em 78), versão que fiz para uma música cantada pelo Bob Marley. Foram as três mais vendidas também.”
sexta-feira, 30 de março de 2012
Tocando a campainha, na casa de Hermeto Pascoal
Era um domingo ensolarado em novembro de 1977. Eu e meu amigo de infância Jacinto olhamos para o portão fechado à nossa frente, ali na Rua Vitor Guisard, no Bairro Jabour, perto de Senador Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Eu perguntei a ele:
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| foto de : Luzia Grob dos Santos |
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| Show no Sesc Pompéia em 18.02.2005. Foto: Adriana Elias |
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| Jovino & Hermeto at the Blue Note in 1991 (photo by Tim Geaney) |
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Criado em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, Jovino iniciou sua carreira musical aos 16 anos, tocando composições originais no Vacancy Group (ex- Os Birutas) em shows nos subúrbios cariocas. A partir de 1974 passou 3 anos em Montreal, no Canadá, onde foi membro fundador do conjunto Mèlange. Ao retornar ao Brasil em 1977, foi convidado por Hermeto Pascoal para integrar seu grupo.
Jovino Santos Neto é professor de piano e composição no Cornish College of the Arts em Seattle, Presidente da filial Noroeste da Academia Nacional de Gravação (NARAS) e afiliado à IAJE (Associaçãol Internacionall dos Educadores de Jazz).
"Realengo" (De Adjetivo a Substantivo).
“Realengo”
Por: Armando Silveira
bibliografia: Enciclopédia Koogahn-Larousse / Dicionário Melhoramentos / Dic. Língua Port.. Alpheu Tersariol / Aurélio Século 21. / Arquivo Municipal RJ.
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obs: Este texto foi escrito com exclusividade para o Jornal Realengo em Pauta, e nos foi cedido para publicação neste blog, com autorização de seu autor.













