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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Benfeitores são eternizados nas pedras da igreja.

Na década de 1960 por ocasião das comemorações do Cinquentenário da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Realengo, foi feita uma homenagem a algumas personalidades e instituições benfeitoras da mesma e para perpetuar em agradecimento as suas contribuições, tiveram seus nomes talhados nas pedras laterais que sustentam a frente da Paróquia.  
Muitos passam todos os dias, mas não percebem a homenagem. Claro, sabemos que precisaria ser novamente pintada para dar o devido destaque.
Listamos todos os homenageados abaixo..




PEDRA DA ESQUERDA:

Fabrica de Realengo, Firmino do Passo Alves, Severino Medeiros, Adelino de oliveira, Antonio da C. Ferreira, Banco Nacional de Minas Gerais S.A., Funcionários do mesmo Banco de Realengo, José G. M. Serra e Fampilia, Pedro Pinheiro, João B. Gonçalves, Alvaro F. Bento , Nair de Oliveira Damasceno, José Gomes, Papelaria Chaves, Gerson F. Gameiro, Alfredo Pujol, Belmira A. Amorim, prof. Artur J. Pereira, Francisco Alves, Pia União das Filhas de Maria, Apostolado da Oração, Circulo Operário, Congregação Mariana, José B. Rodrigues e Familia, A. Almeida Barros, Arnaldo Meireles, Carlos M. Ramos, Jose F. S. Barradas, Família Santos Sartorato, Maria da C. Costa, Francisco de Abreu.





PEDRA DA DIREITA:
Francisco Perrone e Senhora, Francisco Silva, Bar Rosa de Realengo, Servando Alonso , Industria Calçados Rogéria, Rafael Vidal, Antero Carreiro, Euzébio G. Andrade, Deputado Ubaldo de Oliveira, Jorge G. de Queiroz, Dr. Guilherme da Silveira, Waldir M Wagner, Banco Lavoura de Minas Gerais S.A., Jarbas G. Couto e Zaira Azevedo, Magazine Aliança, José Jovino dos Santos, Antonio Correa, Farmacia Amorim, Domingos f. Belo, Antonio Duarte, Laboratório Dr. Manoel Gomes,  Elias Haidal Jacobe, Arnaldo Monteiro, Carolina Viana, Pedro Pontes, Elizas Alexandre, Foto Santo Antonio, Padaria Valencia, Eletronica Cidade Nova, José Candido Moreira, Dr. Nilson G. Queiroz, Padaria Central do Realengo, Cap. Arthur D. Fernandes, Prof. Carlos Alberto da C. Wenceslau, Gremio Estudantes de Realengo


Este é mais um resgate histórico da Série “ Conhecendo seu Bairro” criada pelo blog Pró-Realengo

  






sexta-feira, 30 de março de 2012

"Realengo" (De Adjetivo a Substantivo).

Por Armando Silveira

“Realengo” 

Derivou-se o Português, como língua Românica, do Latim vulgar. O Portugês, o Espanhol, o Francês, o Italiano, o Provençal e o Catalão são línguas Românicas porque tiveram a mesma origem. Na realidade, são a continuação do Latim vulgar. O Latim foi levado a todos os povos pelos soldados Romanos. O Império Romano conquistou imensas regiões e levou, através de seus soldados, o Latim vulgar. Vulgar, porque era falado por povos sem cultura.

Para conhecermos melhor nossa língua, devemos estudar os fatos históricos e os acontecimentos que motivaram a sua origem em relação ao Latim, as línguas acima mencionadas, não passam de meros dialetos, enriquecidos com palavras de outros idiomas, inclusive os indígenas.

Etimologicamente, Reguengu, Reguengo ou Regalengo, vem do Latim: Regalis, Regale, que traduzido diz-se do que é inerente ao Rei, propriedade da Coroa Real. O adjetivo Regalengo, por síncope perde o “G” e o adjetivo que qualificava um direito do Rei, passa a se chamar Realengo. As terras devolutas, sem cultivo, por “Direito”, pertencem à Coroa Real .Citamos por exemplo: Cunhar moedas ou dinheiro, era um “Direito” que a Coroa Real exercia sobre aqueles bens. Portanto, Realengo era um adjetivo que qualificava um “Direito” de propriedade das terras pertencentes à Coroa Real e que mais tarde vai tornar-se um “Substantivo Próprio”.e que mais tarde vai tornar-se um “substantivo próprio”.

João III, Rei de Portugal, criou as Capitanias Hereditárias em 1532. No intento de colonização, fracassaram. Mais tarde criou o Governo Geral. Somente duas Capitanias porsperaram: São Vicente e Olinda. Após a expulsão dos Franceses do Rio de Janeiro, Já no Governo de Martim Correia de Sá, por volta de 1612, ele concedeu a Gaspar da Costa novas “Sesmarias” para serem cultivadas. Sesmaria era uma medida agrária que media 6.600 metros de extensão. Terras localizadas desde a atual estação de Marechal Hermes até o Jericinó, nome Tupí, que quer dizer: Localidade ou maciço ou mata. Gaspar da Costa, construiu uma grande fazenda com um grande engenho e que lhe deu o nome de “Sapopemba”, devido a grande quantidade de raízes achatadas alí existentes. Sapopema ou Sapopemba é um nome índigena.

A fazenda prosperou, o açucar produzido seguia para Portugal, o progresso transforma vilas em povoados e cidades. Com a morte de Gaspar da Costa, os herdeiros, aos poucos se desfizeram da grande fazenda Sapopemba. Com a população crescendo, surgiram os primeiros colégios e o adjetivo que qualificava aquela região outrora, prevaleceu “O substantivo próprio Realengo”.

300 anos nos separam daquele tempo. Vem revoltas, as ditaduras o progresso transformador, os políticos que procuram o inusitado, transformando nomes de ruas e praças. Mas, a história é indelével. Os fatos históricos ficam registrados. Agora, é evidente, que existe muita história para contar. Mas, a etimologia do vocábulários “Realengo”, está definida.
Por: Armando Silveira

"Para O Jornal Realengo em Pauta”


    Armando Abreu Silveira
Nascido em Fortaleza (PE) em 1928 e morador de Realengo desde 1947- E vem a ser primo direto de Guilherme da  Silveira (O homem que criou a Fábrica Bangu e fez crescer o bairro ao  entorno dela) 
e de outra linhagem é também primo dos atores Milton Moraes e de Renata Sorrah.


bibliografia:  Enciclopédia Koogahn-Larousse  /    Dicionário Melhoramentos /    Dic. Língua Port.. Alpheu Tersariol /    Aurélio Século 21. /      Arquivo Municipal RJ.
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obs: Este texto foi escrito com exclusividade para o Jornal Realengo em Pauta, e nos foi cedido para publicação neste blog, com autorização de seu autor.