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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O Brasão de Realengo.

Hoje apresentamos uma das criadoras do Emblema Heráldico


  Almira Damasceno e o Brasão de Realengo

Almira Alves Damasceno Nasceu em Bangu, mas veio ainda bebe para Realengo, e afirma que: Durante toda minha vida Realengo penetrou no meu sangue e dou a minha vida por este bairro, com ele eu cresci e progredi junto com minha família e meus entes queridos.

Tive a oportunidade de ser a pioneira em criar em toda a Zona Oeste a orientação educacional a partir do maternal com o Jardim Escola Disneylândia. Penso que devo ter contribuído na formação de muitos jovens. Tive também o privilégio de lecionar na Escola Estado de Israel, que foi o meu primeiro emprego público, depois fui Subdiretora da Escola Nicarágua, e a seguir fui técnica de áudio visual, para as escolas do município aqui do bairro e juntamente com a nossa chefe distrital na época Prof.ª Vanísia da Silva. Como se não bastasse vim também a ocupar durante oito meses o cargo de sub Prefeita e foi um período curto, mas muito profícuo, porque eu tinha uma luta diária em que eu empunhava uma caneta e um caderno para poder relacionar os problemas e saía às ruas para conferir e catalogar postes sem luz buracos nas ruas que eu solicitava o imediato conserto. E neste período contribui com a reforma da Igreja Nossa Senhora da Conceição de Realengo que tinha a frente o Padre Luiz Carlos, que sabe da nossa luta para reurbanizar a Praça Padre Miguel onde fica a Igreja. Agradeço o apoio da comunidade, pois recebo até hoje agradecimentos pela minha dedicação.

 Fico muito satisfeita pelo interesse de vocês em preservarem a memória do bairro. E ao resgatarem este Brasão que poucos sabem da existência que e foi criado em conjunto com o Professor Carlos Wenceslau, Almira Damasceno e Marinês Seabra (desenhista).
Brasão de Realengo - Emblema Heráldico

Emblema Heráldico – Realengo – Descrição das cores: Azul - Lealdade (Manto de Nossa Senhora); Branco – Paz; Cinza – autoridade do Príncipe D. João; Elementos –Cabeça de Boi – Pastagem (vindos do Arquipélago dos Açores); Cana de Açúcar e Laranja – Principais produções do povoamento na época do Brasil Colônia, na Zona Oeste.
Este relato foi também publicado no Jornal Realengo em Pauta de Agosto de 2011. Na coluna Nossa Gente /Nossa História.

domingo, 15 de novembro de 2009

deu em outro Blog...

Você sabe o que significa REALENGO? Qual a origem desse estranho nome?

Dom Pedro I costumava ir para a fazenda de Santa Cruz pela estrada Real de Santa Cruz, que passava pelo Real Engenho, onde muitas vezes pernoitou.

"Engenho" era uma palavra muito grande. Assim a abreviatura usada era "Engo". E ficou "Real Engo" nas placas de orientação utilizadas na época.

Mas essa teoria é contestada por Brasil Gerson em "História das Ruas do Rio".

Na página 405 da 5ª edição deste utilíssimo livro encontramos:

"Não são poucos (e alguns de alta categoria intelectual) os que pretendem ver em Realengo um diminutivo, uma abreviação de Real Engenho. Porém, o manuseio dos documentos antigos, dos pedidos de sesmarias, principalmente, nos convencerá de que essa é uma teoria sem fundamento nesse particular, tal a insistência com que neles se fala de terrenos e campos realengos, destinados à serventia pública, e em maior número para a pastagem do gado por parte dos que não possuíam para isso terras próprias, e esses campos eram tanto onde ficaria sendo o Realengo dos nossos dias como perto da Igreja de Irajá, onde já os antepassados do Juca Lobo da Penha e outros criadores haviam protestado por causa de uma sesmaria dada a Manuel da Costa Figueiredo em terras que não podiam deixar de ser realengas..."

Consultando o Aurélio:

REALENGO - Bras. RS Sem dono; público. Em desordem; entregue às moscas; abandonado: Saiu, deixando o escritório ao realengo. [Do lat. vulg. *regalengu.]


Aquele Abraço

J. Carino

Atravesso o Rio como numa aventura. Deixo para trás uma cidade emparedada e me lanço em direção ao subúrbio. A Avenida Brasil me cobra uma pressa que eu não teria; me obriga a navegar rápido num mar de automóveis; não me deixa olhar com vagar essa estranha transição entre dois mundos que convivem na mesma cidade.

Aos poucos, a luz muda, a paisagem se transforma. Os prédios aglomerados cedem lugar às casas, essas singularidades arquitetônicas hoje cada vez mais escassas. E, no subúrbio, resiste-se à ditadura de uma homegeneização arquitetônica: uma puxadinha aqui, para abrigar mais um parente, um andar a mais para acolher a filha que casou…

Muitas casas, moradias eternamente inacabadas, em que a falta de emboço escreve nos tijolos aparentes a história da permanente falta de dinheiro.

Chego ao meu destino: Realengo. Na larga avenida, os muros altos e compridos a não mais poder escondem os quartéis, lugares sérios e proibidos ao menino que só queria não perder sua pipa ou seu balão.

Sim, ainda há pipas e balões no subúrbio. Essa humanidade profunda contida nas brincadeiras infantis; no cansaço nunca sentido depois das longas “peladas” jogadas em campinho de várzea; no sabor da fruta madura roubada dos quintais; no cheirinho que sobe depois da chuva nas ruas de terra – tudo isso está lá em Realengo, convivendo com o progresso, que invade, célere e inevitável, os redutos suburbanos.

Lá estão as moças bonitas, o papo no bar da esquina, e essa figura tão rara em outros cantos da cidade: o vizinho. Está lá esse ser da casa ao lado, da mesma rua. Esse alguém que empresta ovos e açúcar; que ajuda no mutirão da construção da casa. Essa pessoa que vai entrar na família, virando compadre, virando nora ou genro, chegando e ficando para sempre, dando alma e corpo à amizade.

Realengo está lá, e vale a pena saber que os bairros lá estão, cheinhos de gente muito boa, cuja pele sua no trabalho como escorrem as gotas na garrafa da “loura gelada”.

Volto de alma nova. E cantando com o Gil: Alô, alô, Realengo! Aquele abraço!


J. Carino é professor universitário

fonte: A postagem original é neste link, muito interessante,
http://www.almacarioca.com.br/realengo.htm

sábado, 14 de novembro de 2009

Avenida Santa Cruz, antiga Estrada Real de Santa Cruz.

A Estrada Real de Santa Cruz – aberta pelo Intendente Geral da Policia, Paulo Fernandes Viana, sobre o caminho feito pelos jesuítas – é melhorada em grande extensão por Ignacio de Andrade Souto Maior Rendon; era a mais importante das que partiam da cidade. Tinha começo na Cancela, em São Cristóvão, passando por Benfica, Pilares de Inhaúma, Cascadura, Realengo, Santíssimo, Campo Grande e Santa Cruz. Dai se ligava a Itaguaí. A distância entre a Cancela e Santa Cruz era de doze léguas. Nesse trajeto, havia quatro pousos ou hospedarias: no Campinho, Realengo, Santíssimo e na Fazenda do Mato da Paciência, próxima ao termo. E entre as inúmeras fazendas que marginavam a estrada, se faziam notar a do Bangu e a do Viegas, em Campo Grande.

Realengo pelo profº. Helton Veloso

ORIGEM DOS NOMES: O nome REALENGO vem do fato de serem realengas as terras da região. Para muitos jurisconsultos, esses realengos não eram mais do que o “ager compascuus” — o “ager publicus” dos romanos, excluidos da distribuição das terras, para que as matas e pastagens fossem comuns a todos. Segundo Vieira Fazenda, o grande campo realengo representa um paralelogramo de 465 braças de comprido por 275 de largura.

ENGENHOS:
No vice-reinado do marquês do Lavradio, o mestre de campo Inácio de A. Souto Mayor apresentou, em 1777, uma relação dos engenhos da freguesia de Campo Grande: Engenho do Bangu, do Cel. Gregório de Moraes Castro Pimentel; Engenho de Viegas, de Manoel Freire Ribeiro; Engenho do Juari, de Vitorino Rodrigues Rosas; Engenho do Ca­buçu, de Úrsula Martins; Engenho de Inhoaíba, do Capitão António Nunes; Engenho do Guandu, de Francisco da Silva Sena; Engenho do Mendanha, do Capitão Francisco Caetano de Oliveira Braga, anteriormente do Capitão Luiz Vieira de Mendanha; Engenho das Capoeiras, de Anna Maria de Jesus; Engenho do La­meirão, de Mariana Nunes de Souza e herdeiros: 10º Engenho dos Coqueiros, de José Antunes Suzano.
nota do adm. do Blog : Isto nos revela que não havia um Engenho Real no bairro de Realengo, e que a abreviação do nome é crença popular.
fonte: pesquisas do professor HELTON VELOSO

ADVOGADO E PROFESSOR, HÉLTON ÁLVARES VELOSO ( DE CASTRO FOI DIRETOR DO COLÉGIO BELISÁRIO DOS SANTOS, UM DOS MAIS TRADICIONAIS E CONCEITUADOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO EM CAMPO GRANDE.

ESTUDIOSO E ATENTO PESQUISADOR DAS COISAS DA ZONA OESTE, FOI CONSIDERADO UM DOS MAIORES CONHECEDORES DA REGIÃO.
EXTAIDO DO JORNAL ZONA OESTE SOCIAL – EDIÇÃO HISTÓRICA – ANO III – N.O 72 – 15/11/1973